No primeiro trimestre de 2024, a Petrobras (PETR4) registrou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, representando uma queda de 37,9% em relação ao mesmo período de 2023.

O lucro líquido recorrente foi de R$ 23,9 bilhões, também uma redução de 37,9% na comparação anual.

A receita de vendas da Petrobras atingiu R$ 117,7 bilhões no trimestre, uma diminuição de 15,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A empresa destacou que a redução da receita com derivados no mercado interno foi principalmente devido a menores preços, sazonalidade do consumo, aumento do teor de biodiesel na mistura do diesel e perda de competitividade da gasolina para o etanol hidratado.

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 60 bilhões no trimestre, refletindo uma queda de 17,2% em termos anuais.

O preço do petróleo Brent foi de US$ 83,2 por barril, um aumento de 2,4% na comparação anual.

No primeiro trimestre de 2024, a Petrobras registrou uma despesa financeira de R$ 9,6 bilhões, uma piora significativa em relação à despesa de R$ 3,2 bilhões no mesmo período de 2023.

Esse resultado foi impactado principalmente pela desvalorização de 3,2% do real frente ao dólar (de R$ 4,84/US$ em 31/12/23 para R$ 5,00/US$ em 31/03/24) e pela ausência de receita com atualização monetária referente ao acordo judicial com a Eletrobras no quarto trimestre de 2023.

A dívida bruta da Petrobras totalizou US$ 61,8 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 15,9% em relação ao mesmo período de 2023.

Investimentos

No primeiro trimestre de 2024, a Petrobras realizou investimentos que somaram US$ 3,0 bilhões.

No segmento de Exploração e Produção, os investimentos alcançaram US$ 2,5 bilhões, representando um aumento de 21% em relação ao primeiro trimestre de 2023.

Esse incremento é atribuído ao maior investimento no desenvolvimento de grandes projetos que serão fundamentais para sustentar a curva de produção nos próximos anos.

Em comparação com o quarto trimestre de 2023, os investimentos totais registraram uma queda de 10%.

A redução deve-se, principalmente, ao adiamento de atividades submarinas e ao reescalonamento dos marcos de pagamentos de unidades estacionárias de produção (UEPs) próprias.

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