Em abril, o índice de preços da indústria brasileira, medido pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP), apresentou um aumento de 0,74% em relação ao mês anterior, marcando o terceiro mês consecutivo de crescimento, revelou hoje (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa elevação contribui para um acumulado de 0,99% no ano, contrastando com uma queda de 3,08% nos últimos 12 meses.
Dentre as 24 atividades analisadas, 20 registraram aumentos nos preços, com destaques notáveis nos setores de papel e celulose (3,99%), fumo (2,49%) e farmacêutica (2,10%).
Por outro lado, as indústrias extrativas enfrentaram uma retração de 3,58%, atribuída principalmente à queda nos preços internacionais do minério de ferro.
Esse cenário de aumento nos preços industriais reflete, em grande parte, a dinâmica das cadeias produtivas da soja e da cana-de-açúcar, impulsionadas pela menor disponibilidade de commodities para consumo doméstico e pela competição entre seus derivados.
Além disso, o setor de alimentos teve um crescimento significativo de 0,80%, rompendo com três meses consecutivos de resultados negativos, impulsionado pela alta dos produtos derivados da soja e do óleo bruto.
O segmento de papel e celulose, com sua elevação de 3,99% em abril, não apenas liderou o crescimento mensal, mas também acumulou a maior alta no ano, atingindo 7,55%.
A valorização está relacionada à pressão ascendente sobre os preços da celulose, motivada pela busca por recomposição de estoques na cadeia de consumo e pelos custos adicionais decorrentes de interrupções logísticas e de oferta no comércio internacional.
O setor de refino de petróleo e biocombustíveis também experimentou um aumento significativo de 0,79% em abril, sustentado pelo terceiro mês consecutivo de alta, impulsionado pelo aumento na produção de etanol e biodiesel.
Por fim, os resultados das indústrias extrativas, com sua queda de 3,58%, refletem as tendências do mercado internacional de minério de ferro, influenciadas pela demanda chinesa e pelas perspectivas econômicas globais.
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