Em abril de 2024, o setor público do Brasil teve um superávit de R$ 6,7 bilhões, ou seja, gastou menos do que arrecadou.
No entanto, esse valor é bem menor que os R$ 20,3 bilhões de superávit registrados em abril do ano passado.
O Governo Central teve um superávit de R$ 8,8 bilhões, mas os governos estaduais e municipais e as empresas estatais tiveram déficits de R$ 1,4 bilhão e R$ 698 milhões, respectivamente.
Nos últimos doze meses, o déficit acumulado do setor público foi de R$ 266,5 bilhões, o que corresponde a 2,40% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento em relação ao mês anterior.
Os juros da dívida do setor público somaram R$ 76,3 bilhões em abril de 2024, bem mais que os R$ 45,8 bilhões de abril de 2023.
Isso foi influenciado pelas operações de swap cambial, que em abril de 2023 geraram um ganho de R$ 14,2 bilhões, mas em abril de 2024 resultaram em uma perda de R$ 11,2 bilhões.
Nos últimos doze meses, os juros pagos somaram R$ 776,3 bilhões, o que equivale a 7,00% do PIB, um aumento em relação aos R$ 659,5 bilhões (6,33% do PIB) do ano anterior.
Somando os juros pagos e o resultado primário, o setor público teve um déficit de R$ 69,6 bilhões em abril.
Nos últimos doze meses, o déficit totalizou R$ 1,042 trilhão, o que corresponde a 9,41% do PIB, acima dos 9,06% registrados até março de 2024.
Dívida Bruta do setor público aumentam em abril
A dívida líquida do setor público foi de 61,2% do PIB (R$ 6,8 trilhões) em abril de 2024, um aumento de 0,1 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Segundo o Banco Central (BC), o aumento foi devido principalmente aos juros da dívida, ao ajuste da dívida externa e à desvalorização do real, apesar do crescimento do PIB ter ajudado a reduzir um pouco esse impacto.
A dívida bruta, que inclui o Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais, chegou a 76,0% do PIB (R$8,4 trilhões) em abril de 2024, um aumento de 0,3 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
O crescimento se deveu aos juros da dívida, à desvalorização cambial e ao resgate líquido de dívidas, apesar do crescimento do PIB ter ajudado a reduzir parte desse aumento.
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