A governadora Michelle W. Bowman, do Federal Reserve (Fed), proferiu hoje (28) um discurso substancial sobre o papel do balanço do banco central como uma ferramenta de política monetária.
Bowman destacou os desafios e lições aprendidas com o uso do balanço do Fed ao longo dos anos, bem como considerações para o futuro.
“O tema dos ‘efeitos dos instrumentos de política convencionais e não convencionais’ é crucial“, afirmou Bowman, destacando a crescente utilização de políticas não convencionais pelos bancos centrais para enfrentar desafios econômicos ao longo dos últimos anos.
Em sua análise, Bowman abordou os episódios de uso ativo do balanço do Fed, especialmente após a crise financeira de 2008 e durante a pandemia de Covid-19.
Ela destacou a eficácia das compras de ativos em grande escala como uma medida para reduzir as taxas de juros de longo prazo e estimular a economia.
“A Reserva Federal comprou títulos do Tesouro e títulos garantidos por hipotecas de agências como parte de seus programas de QE, que foram eficazes na redução dos rendimentos e aumento dos preços dos ativos visados“, explicou Bowman, referindo-se aos resultados dessas políticas após a crise de 2008.
No entanto, a governadora também destacou a importância de considerar cuidadosamente o futuro da política de balanço, especialmente à luz do objetivo de manter a inflação em 2%.
Ela enfatizou a necessidade de continuar reduzindo o tamanho do balanço do Fed, mas também observou a importância de fazê-lo de maneira gradual e cuidadosa.
“À medida que o escoamento do balanço prossegue, será eventualmente apropriado interrompê-lo“, afirmou Bowman.
“No entanto, comunicar claramente que quaisquer alterações futuras no resultado do balanço não refletem uma mudança na orientação da política monetária do Fomc é crucial para evitar interpretações equivocadas do público“.
O discurso de Bowman na conferência BOJ-IMES destacou não apenas os desafios enfrentados pelo Federal Reserve no passado, mas também as considerações cuidadosas que devem ser feitas para moldar a política monetária no futuro.
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